segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Dia 19 ao dia 23

Cadê a chuva?!

Dias com meu irmão em Salvador. Não tenho feito muita coisa, no momento estou mais introspectivo, fazendo planos para o futuro. Final de curso é assim mesmo. Ainda resolvendo algumas coisas. Ele veio só por causa do concurso público que iria prestar e já voltou para o interior. Entretanto, os dias que antecederam a tal prova foi passada dentro de casa. Quando o tédio começou a tomar conta, resolveu comprar um jogo para o PC. Um dos itens obrigatórios para quem mora sozinho ou com o irmão. Jogos, macarrão instantâneo e internet, não podem faltar, nunca.

Eu sempre o incentivei a comprar um jogo, nunca me ouviu, do nada, resolveu comprar. Irmão mais novo é fogo! Dei algumas sugestões, mas como ele não queria gastar muito dinheiro, já esperava o tipo de, “não tem outra coisa, vai tu mesmo”. Quando chegou em casa me disse que era da FullGames, aqueles de banca que não passam de R$ 20,00, mas tem jogos legais, é só saber escolher. Fiquei surpreso com a escolha, não é que o jogo é muito bom! Chama-se FARCRY2, a história é o seguinte:

África Central. O governo entrou em colapso há meses. A guerra civil, alimentada por falsas promessas de riquezas com diamantes e igualmente vazias ideologias, reduziram o país às cinzas... Não lembro se está explicitado que é no Quênia, mas a Ubisoft enviou uma equipe de desenvolvedores do jogo à este país para fazer a pesquisa para o jogo. Centenas de mercenários estrangeiros se esforçam para lucrar com essa miséria, motivadas pela ganância e falência dos seus patrões. Soldados locais abandonados pelos seus comandantes usam suas armas para marcar territórios nas fazendas e vilas.

Em meio a esse caos surgiram duas facções dominantes: A Frente Unida pela Libertação e Trabalho (UFLL, em inglês, liderada por Addi Mbantuwe, um antigo líder de oposição) e a Aliança de Resistência Popular (APR, em inglês, liderada por Oliver Tambossa, Chefe do Estado Maior do antigo governo). Apoiados por um fraco poder legitimo nas ruas e sob o comando do mais desesperados mercenários, essas milícias vêm batalhando continuamente nos últimos meses.  Os civis que não escaparam antes hoje vivem em terror escondidos, esperando por uma chance de fugir.

As facções passaram a usar uma infinidade de armas e munição, já que o embargo da união Africana perdeu força. E essa demanda foi suprida – para ambos os lados – por uma lenda do mundo do tráfico de armas ilícitas... uma figura misteriosa conhecida apenas como O Chacal.

Sua missão é simples: encontre o Chacal e acabe com Ele.


Logo quando começamos a jogar, recebemos essa missão base. Mas até chegar lá, tem muita gente na frente, missões que são desde destruir um comboio ou desligar uma antena de transmissão, até verdadeiras guerras. Tenho que admitir, o jogo é muito bem feito. São detalhes que não encontro em jogos mais elaborados e consequentemente, bem mais caros.

São mais de 50m², onde você pode correr, nadar, dirigir e voar em primeira pessoa.  Uma história com 50 horas de duração, mapa aberto deixando o jogador livre para fazer o que quiser. Joguei durante o final de semana, revezando com meu irmão (sem parceria, jogos independentes), e depois de muito jogar, completamos aproximadamente 5% do jogo. Mas ontem o PC pifou... Estava demorando... Tentei instalar no meu Notebook, mas sem placa de vídeo boa, e pela quantidade de arquivos que armazeno, não foi possível.

Hoje teve reunião para a formatura. Foi bom, encontrei amigos, dei algumas boas risadas.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Dias 16, 17 e 18.

 Ainda muito quente, chuvas bem rápidas.

Vivendo a minha rotina de férias. Por enquanto, não muito prazerosa. Ainda não pude comemorar a formatura, enfim...

Na terça fui ao Shopping Iguatemi e passei na Saraiva. Li o livro “Confissões de um turista profissional – tudo o que você queria saber sobre viagens e que os guias jamais vão contar”, de Kiko Nogueira. Na verdade o objetivo da minha ida foi para pegar um cineminha, mas como cheguei cedo e minha sessão só começaria duas horas depois, não ia ficar de braços cruzados esperando.

Eu pensei assim: ao invés de gastar dinheiro com uma cerimônia de formatura, com todas as pompas e tal, prefiro gastar em uma viagem mais demorada, um programa muito mais interessante. Pretendo viajar nas próximas semanas... E logo chegará o dia em que vou mochilar por todo o Brasil e América do Sul. Por isso, sempre vou à seção de turismo aprender tudo que posso com quem já fez, buscar experiências, opiniões e dicas, para facilitar minha vida e me dar a possibilidade de aprender mais nos lugares onde estiver.


R$ 15,90
Editora Novo Conceito
96 Páginas


Gostei do livro, Kiko fala de uma maneira mais íntima, dá sua opinião livre, sem as amarras de um guia turístico, onde tudo é belo e, de certa forma, abre os olhos de marinheiros de primeira viagem para determinados lugares. Tudo isso enriquece a experiência de estar em um lugar novo, nos deixa mais próximo da realidade, nos faz refletir sobre determinadas particularidades, como por exemplo:


[...]

Os americanos do Brasil

O que querem os turistas de São Paulo?



Os turistas americanos são vítimas de um tipo de preconceito difundido mundo afora. Eles são, segundo crê muita gente, arrogantes; mal-educados; brancos demais; altos demais; monoglotas demais; eles vestem bermuda e camisa florida; elas usam tênis e tailleurs. Às vezes, encarregam-se de confirmar essa ideia. Via de regra, é um estereótipo. E nós pensamos, quando eles se acomodam ao nosso lado, naquele café em Paris, naquela igreja na Espanha ou naquele bar em Los Angeles: por que eles são assim? E a resposta imediata, dita ou não em voz alta: porque eles são ricos.

Como diz o dramaturgo George Bernard Shaw, as classificações cruas e as falsas generalizações são a maldição da vida organizada. Ok. Mas me ocorre um paralelo com outro personagem, que exerce um papel parecido, só que no Brasil: o paulista. Quem já não viu um paulista, naquele restaurante em Salvador, reclamar que o serviço está lento? Ou aparecer naquele boteco do Rio de Janeiro e começar uma conversa, em voz alta, sobre a relação entre a decadência do velho balneário e o fato de os cariocas não saírem da praia? Ou ligar para a recepção da pousada, reclamando em altos brados, porque aquele suco de açaí, pedido 15 minutos antes, não chegou ao quarto. Uma vez eu ouvi um sujeito dizer: “Sabe com quem você está falando? Com a locomotiva do Brasil! Na minha terra não tem disso, não”.

O paulista carrega dentro de si a responsabilidade inata de pertencer ao Estado mais rico do país. O lugar onde ninguém tem tempo para outra coisa que não o trabalho. E onde tudo funciona (sei...). Descemos do avião no timing do trânsito no rush, ainda com a reunião na cabeça — e uma tremenda culpa na consciência, diga-se. A garçonete demorou a nos atender? Em São Paulo, isso não aconteceria. O vendedor de coco não tem troco? Em São Paulo, isso não aconteceria. O tempo está fechado e o mar está sujo? Em São Paulo, isso não aconteceria.


Para quem está recebendo os paulistas, fica aquela pergunta: por que eles são assim? A resposta: porque nós somos ricos. Os paulistas estão para o Brasil como os americanos para o mundo.

Oo...................oO

No cinema assistir Sherlock Homes 2 – O jogo das Sombras, de Guy Ritchie. Manteve a qualidade do primeiro, adorei. E com Robert Downey Jr no papel principal, não seria diferente... Um dos meus atores favoritos.

Será a decisão mais correta agora?




Essa campanha para tentar levar o Impeachment do prefeito João Henrique é um desejo de todos, mas ainda não estou certo de que é a atitude mais correta agora, neste último ano. Entendo os motivos, são os meus também e desejo, como todos, que ele saia da prefeitura o mais rápido possível. Chega de tanta coisa errada!
Contudo quando tiver um número considerado de assinaturas para o Impeachment e quando isso se tornar inevitável, todos vão participar, inclusive as pessoas que o ajudam a fazer coisas erradas. Ou pelo menos vão se calar. Deve-se levar em consideração que nenhum gestor público trabalha sozinho, existem pessoas que o auxiliam, que investem e que por isso, acabam tento benefícios. Entretanto o processo de Impeachment recai pra uma pessoa apenas, que no caso, é o prefeito.
O certo seria uma investigação de todo o mandato e das pessoas que participaram desse processo. Vereadores, Deputados Federais e Estaduais, Empresários, Governador e o Prefeito. Tirando e condenando apenas uma pessoa, nada vai mudar, pelo contrário, da uma sensação de que o mal foi extirpado, quando na verdade só foi tirado o que EXECUTA.
Acredito que o termo mais correto seja o Recall Político. O impeachment é geralmente decidido na instância Legislativa, apesar de poder ser desencadeado por motivação/pressão popular. Já o Recall é de fato, o povo que toma a decisão de cassar o mandato. Entretanto, mesmo que o Poder Legislativo, por questões de pressões populares mesmo, entre no processo de Impeachment, ainda assim vai cair no erro de eleger um representante dos erros cometidos.
É o que eu acho, por enquanto!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Dia 15

Está muito quente ainda.

Está um tédio! Hoje fiquei sozinho em casa de novo. Só sair para almoçar. Mantive a rotina: Net – TV – livro. É incrível como não tem mais o que fazer na Net apesar das possibilidades quase ilimitadas, como chega uma hora que não tem nada que me interesse na TV apesar de mais de 120 canais e quando o livro cansa, apesar dos mundos que conhecemos.  

Como o ser humano é difícil de agradar... Sei que não estou sozinho nisso. Rsrsrsrrss

Mais dei umas boas risadas com alguns programas e destaco a reportagem do Planeta Extremo que mergulhou nos buracos azuis das Bahamas.  O repórter Clayton Conservani desceu até uma das cavernas mais perigosas do mundo. Adorei a reportagem.  
Amanhã vai ser um dia melhor. Vou fazê-lo melhor.

OBS: Preciso de um animal de estimação.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Dia 14 

Dia muito quente, mas nublado e com pouca chuva. Pelo menos na minha área. Aproveitei a manhã para colocar as séries em dia.

Fui ao Iguatemi, almocei no Meu Chapa, que, aliás, já sou cliente há um tempo.  Hoje foi até fácil de achar lugar para sentar, mas precisa ser rápido. Por questão de segundos, só o tempo de levantar para pegar o prato, a mesa foi ocupada. Tive que dividir com uma família numa outra. Me senti um estranho no ninho rrsrsrsrrs.  Estava louco para assistir o novo filme de Sherlock Homes, até enfrentei a fila, mas acabou que não deu certo. Na hora o cartão não passou, que raiva... Daí não deu. Fui até a Saraiva, li o livro “Cem toques cravados”, de Edson Rossato e metade de outro livro.  


R$ 19,90


Estava com um certo preconceito. Nanocontos feitos com exatos cem toques? Desperdício de papel! Como queria ler alguma coisa pequena, resolvi ver do que realmente se tratava. Adoro quando não dou nada pelo livro e me surpreendo. Como o autor bem disse: “Muitas pessoas trabalham tanto que acabam não tendo tempo – ou disposição – para leituras longas. Acredito que os nanocontos sejam uma forma eficiente de alcançar essas pessoas”. É incrível como poucas palavras nos transportam para vários mundos diferentes, várias realidades. O cotidiano é mostrado com todos os seus dramas, tragédias, romances e situações cômicas de forma bem criativa.  O meu antigo professor de Jornalismo Alberto Oliveira iria adorar esse livro - “Dizer muito se utilizando de poucas palavras”.

Retirei alguns contos do livro:

Acariciou e beijou a face negra do bebê. Intolerância no passado, perdão no presente. “Meu Netinho”.

Um salto vibrante com um salto no ar. Nas costas o número dez e o sorriso de milhões de brasileiros.

Te amo meu filho. Não importa que sua opção sexual seja diferente da minha. Seja um hetero feliz.

EPITÁFIO: 
“Aqui jaz João-sem-braço, que sonhava ser trapezista de circo. Morreu no primeiro ensaio”.

“Essa releitura em funk acabou com a poesia da letra. A original em pagode tinha mais profundidade.”

EPITÁFIO: 
“Aqui jaz Caio, que juntou dinheiro no colchão e tinha o péssimo hábito de fumar na cama.”

Foi o sorriso mais sincero que vira na vida. Jamais imaginaria o poder que tinha um prato de comida.

Fazia tudo por ela. Já ela, fazia tudo o que podia com ele, quando não tinha nada melhor para fazer.


 Cada conto ocupa uma página. Adorei o livrinho, mas ainda acho que poderia ter usado menos papel. Fica a ideia também para aquelas pessoas que não sabem bem o que escrever no Twitter e até mesmo no Face, criem pequenos contos ou crônicas.

 Clique na imagem


Há tarde, aconteceu o Movimento Social Desocupa contra a privatização da Praça de Ondina e a construção de um camarote para o Carnaval, às 18 horas, no mesmo local. De quebra serviu também para protestar contra uma ação movida pela empresa Premium, responsável pela obra, contra a jornalista Nadja Vladi, apontada como líder do movimento.  “Não sou líder e não entendo por que fui escolhida para isso nessa ação. Se a prefeitura privatizou um espaço,  tenho motivos para criticar isso como moradora de Ondina”, diz Vladi para matéria do Atarde Online.  Estou com ela! E, sou contra a privatização.




 

Dei apoio divulgando na rede social como muitas pessoas, mas infelizmente não pude estar presente.


Vou postar alguns textos e vídeos referentes aos dias anteriores, só não o fiz ainda por causa de probleminhas técnicos.


Semana corrida...

Já estou em Salvador desde o dia 9. No último dia em Capim City tive uma ótima surpresa. No texto anterior havia escrito sobre o Dia de Reis e seus artistas. Achei que só os veria ano que vem, mas, em praça pública, o grupo Raízes do Samba, as mesmas pessoas que visitam as casas estavam fazendo uma apresentação. Muito legal.

Logo postarei o vídeo e as fotografias aqui.

Aqui na capital baiana estou resolvendo alguns assuntos da Faculdade e, aos poucos, fazendo o que eu não posso fazer em Capim Grosso. Alimentando meu vício, ontem fui ao cinema e ao Café. No cinema, assisti o filme “Cavalo de Guerra” de Steven Spielberg. Emocionante épico da Primeira Guerra Mundial. Fico mais emotivo para filmes com animais, lembro-me de quando assistir “Marley e eu”, nunca chorei tanto com um filme... Rsrsrsrsrrs. Recomendo os dois. No Café, o bom e velho cappuccino, acompanhando de uma deliciosa torta.

Hoje passei no cinema de novo e assistir “Agamenom”. O filme é cheio de altos e baixos. Alguns momentos eu ria muito, outras, como era de se esperar dos eternos Cassetas, tem piadas super sem graça, não por que são politicamente incorretas, não me preocupo com isso, mas por que são sem graça mesmo. Foi uma boa tarde, mas me interessei mesmo foi com o trailer “2 coelhos”,  me parece que vai ser um filme legal. Durante este trailer uma pessoa falou que brasileiro não sabe fazer filme de ação, não concordo. Nos últimos anos o cinema brasileiro, no gênero, vem nos dando ótimos longas-metragens. Não se precisa de muito dinheiro para fazer um bom filme, e nisso, brasileiros são mestres.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Dia 6

Primeira sexta-feira do ano.  Dia de Reis.

O dia foi bem parado. Apenas li mais alguns capítulos de um livro, que logo postarei comentários.  Paguei algumas contas. Mas agora à noite vi o que há muito tempo não tinha o prazer de presenciar.  Os tocadores do Dia de Reis estão visitando as casas com sua música e dança em troca de presentes, dos mais variados tipos, dependendo da cidade, região ou do país. Aqui, pelo menos na casa dos meus avós, era dinheiro e também bebidas alcoólicas, a cachaça principalmente.

Lembro-me de quando era menino, na casa de minha avó, tirávamos todos os móveis da sala para se transformar em um grande salão e esperar a chegada dos tocadores e do mascarado com chicote. Morria de medo. Quando percebíamos que estavam vindo na direção da casa, corríamos e fechávamos as portas e ficávamos ali, quietinhos, esperando. Lembro do coração batendo mais forte a ouvir os passos se aproximarem. Logo se ouvia o som dos instrumentos e da cantoria. Cantavam duas a três músicas como pedido para as portas serem abertas. Quando se abria, era aquela festa. Muita gente, homens e mulheres cantando e dançando piega (acho que é isso), junto com o mascarado. No final, os presentes eram dados e se fazia uma espécie de saudação e agradecimento. Depois de mais ou menos uns 30 minutos, eles partiam para outra casa.

Naquele tempo era um número considerado de pessoas, uma roda bonita. Hoje são poucos os que ainda seguem essa tradição tentando preservá-las.  A traição não é nova, surgiu no século VIII, e para os católicos marca o dia para a veneração aos Reis Magos: Melchior, Gaspar e Baltazar,o 6 de Janeiro marca o dia da santificação destes. Mas tem muita história por trás disso... resumindo, é o dia em que os três reis magos presenteiam Jesus Cristo na manjedoura.

Hoje é o dia de tirar os enfeites natalinos, não antes, caso queira usufruir da sorte concedida para aqueles que seguem a tradição, como minha vó bem disse. Pena que não deu para registrar, agora vou ter que esperar até o ano que vem... Espero que ainda continue.

Isso me faz lembrar de sair sempre  com minha câmera.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Dia 5 - Água para Capim

Feliz 2012! Este ano promete muito.


Desde o dia primeiro está muito quente apesar do dia está nublado hoje. É chuva chegando, espero poder tomar um banho antes de voltar para Salvador.

É tão difícil ler alguma coisa quando estou no interior, sobretudo quando estou em Capim Grosso. Mas trouxe 5 livros e 3 revistas para ler nas primeiras duas semanas de Janeiro e, pretendo lê-los, mesmo que seja na marra. Não é que os livros não me interessem, mas com esse mormaço e me alimentando tão bem como só a casa de vó pode proporcionar, realmente é difícil para mim. Bom, um livro já foi lido.

Este é um daqueles livros que já tinha ouvido falar como o que tirou o primeiro lugar na lista de mais vendidos do The New York Times há um tempo, mas existiam outros na frente então não estava no topo da minha lista, até que um belo dia fui presenteado. Logo a capa me chamou atenção. Uma lona de circo entre aberta e uma figura com roupa de cor gritante, com o mistério do rosto escondido e uma passada decidida. Mistério belo e fantástico que o mundo circense oferece. De qualquer forma, acabei ficando só no prefácio. Foi lançado o filme. Uma nova capa para o livro foi feita. Bonita, mas prefiro a do meu. Retomei agora.


Editora Sextante
336 Páginas
Tradução de Anna Olga de Barros Barreto 

O livro "Água para elefantes", de Sara Gruen, conta a história do senhor Jacob Jancowski narrada pelo próprio que com os seus 90 ou 93 anos, uma coisa dessas, dentro de um asilo, se vê impotente diante nas armadilhas da velhice. Já havia escrito sobre os asilos desse mundão a fora que hoje servem mais como um deposito de pessoas esquecidas pelos seus parentes, e esperam com a boca escancarada, sem muitos dentes, e muitas vezes de fato, esperando a morte chegar. E como o livro bem diz, às vezes o que esses velhinhos querem é apenas ter uma boa conversa, ser ouvido. Mas a rotina do asilo é mudada com a visita de um circo a cidade.

Entre idas e vindas o senhor Jancowski tem devaneios do tempo em que perdeu os pais, fugiu de casa e de uma renomada universidade de medicina veterinária até ir parar dentro do Circo Irmãos Benzini – o Maior Espetáculo da Terra, comandado pelo excêntrico e autoritário Tio Al, passando a viver todos os problemas e aventuras de um circo americano do início o século XX, em plena Depressão.

“Não falo muito sobre esses dias. Nunca falei. Eu tinha medo de deixar escapar alguma coisa. Eu sabia como era importante guardar o segredo dela e guardei – pelo resto de sua vida e depois. Em 70 anos, nunca o revelei a ninguém”

Dentro de um mundo misterioso e cruel, mas sobretudo apaixonante o amor proibido surge para o senhor Jancowski ao ver a encantadora Marlena, a estrela do número de cavalos, que é casada com dupla personalidade de August, o chefe do setor de animais. Eis que, como mais uma aquisição do circo entre os animais, o bizarro e o esquisito, a Elefanta Rosie é adicionada ao elenco, um elo forte entre os dois. Nesse triângulo amoroso os capítulos alternam-se entre o passado e o presente tendo de brinde páginas com fotografias de época.    

Final surpreendente e belo. A história não termina...

Baixe aqui o primeiro capítulo do livro.