terça-feira, 21 de junho de 2011

Privilégio de ser brasileiro

Engraçado como tem brasileiros que conhecem boa parte da Europa e não fazem ideia das belezas do próprio país. Certa vez, em um curso de espanhol que fazia há alguns anos, conversava com uma colega sobre viagens que gostaríamos de fazer. Ela me revelou que iria viajar para Portugal pela segunda vez. Estava toda animada. Curioso que sou, algumas vezes até indiscreto confesso, perguntei se ela conhecia Lençóis... Ela me disse que não, apesar dessa cidade estar a poucos quilômetros de distância da nossa cidade. Nada contra, pretendo conhecer todo o mundo, mas antes de viajar para o exterior, vou conhecer boa parte do nosso País.
Hoje na Saraiva, sem muita pretensão de ler pelo cansaço que me abateu depois de caminhar dentro do Shopping com minha mãe e namorada (como mulher anda! Em especial nesse ambiente), me deparei com um incentivo que minha colega precisaria ver. Uma parte considerável das belezas naturais que se encontram nos quatro cantos do Brasil reunidos em um ensaio fotográfico feito por um dos melhores fotógrafos Brazucas de natureza, Araquém Alcântara, para a Quatro Rodas. Não resisti, li.






R$ 99,90

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Lua Vermelha

Oi gente,


O primeiro eclipse Lunar Total do Ano acontece no dia 15 de Junho, enquanto a Lua surge no horizonte.  Aproveite a oportunidade, eu vou.



O Eclipse Lunar acontece quando a sombra da Terra e projetada na lua.



 


Só espero que o tempo ajude...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Finalmente chegaram as férias. Projeto do TCC entregue e avaliado. Semestre que vem, trabalho em cima do documentário sobre Andarilhos de Estrada. Mas o estudo nunca acaba. Essas semanas que se passaram, pude conciliar com muito esforço, os trabalhos da facul com o lazer, quase sempre indo a Saraiva e assistindo filmes no cinema. Os últimos filmes foram:


  

Estou com muita ânsia de livro. Mas acabo querendo ler tudo ao mesmo tempo, tenho que me concentrar em alguns, para que a leitura seja proveitosa. Imaginem então o martírio que é entrar em uma livraria... Às vezes queria me dividir em três para dar conta do meu desejo. Estou lendo “Uma Breve História do Mundo”, de Geoffrey Blainey. Neste momento, um resumo me parece tentador, mas nunca é satisfatório. Terminei o 1º livro da série “As Aventuras do Caça–Feitiços, “o título nacional é “O Aprendiz”, de Joseph Delaney. Logo escreverei sobre o livro. Gostei tanto da história que assim que li a última página, fui devolver o livro já a procura do segundo “A Maldição”, mas não encontrei. Maldição!!!
            Ontem li, por indicação de um amigo, o HQ “Guerra Civil”, da Marvel Comics. Até tenho um interesse pelo universo criado pela editora americana, digo as histórias contadas em livros, por que na sétima arte já acompanho há algum tempo.   


 
                Comecei a ler, parei na metade, fui assistir ao filme “X-men: Primeira Classe” (olha aí!), dirigido por Matthew Vaughn e como Co-roteirista e Produtor Executivo Bryan Singer, que dirigiu os dois primeiros filmes. Talvez escreva sobre, já que foi o responsável por me fazer ganhar a segunda-feira. Contudo já adianto o destaque para Wolverine (Hugh Jackman), que com apenas duas palavras, enriquece o filme de uma maneira extraordinária. O que me fez ouvir comentários do tipo: -“Só Wolverine mesmo!!” e muitas, muitas risadas.  Quais foram as duas palavras (em português foram três)? Vá assistir ao filme. ;)
            Também estou lendo o livro “As Crônicas de Gelo e Fogo – Guerra dos Tronos”, de George R. R. Martin. Junto com este,  acompanho a superprodução da HBO a também “Guerra dos Tronos”, baseado no livro. O pouco que li, já vi grandes diferenças entre um e outro, como já era de se esperar. A série estreou no dia 20 de maio, ás 23hs. Pretendo terminar o livro até a semana que vem.

E, enquanto escrevo este texto, folheio a revista Arquitetura & Construção, Maio de 2011, da Editora Abril. Pensando na casa que pretendo ter até o final do ano. Sonhando aqui!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Resenha do livro "Jornalismo Científico"





Livro: Jornalismo Científico
Autora: Fabíola de Oliveira
Editora: Contexto
Ano: 2002
96 páginas




Em 1998, quando a autora Fabíola de Oliveira começa a ministrar a disciplina Jornalismo Científico, percebe a inexistência de trabalhos acadêmicos brasileiros na área. E os textos sobre os assuntos encontrados em mestrados, doutorados e em revistas especializadas tem uma linguagem pouco acessível para os estudantes de graduação. Foi essa carência de bibliografia básica que vez com que o livro “Jornalismo Científico” fosse realizado. Lançado pela Editora Contexto teve como inspiração o livro americano “Field Guide for Science Writers”, publicado com o aval da Associação Americana de Escritores de Ciência. A autora pretende com o livro mostrar um panorama do jornalismo científico (JC) no Brasil e no mundo, fazendo com que o leitor entenda que é importante a cobertura jornalística de Ciência e Tecnologia (C&T) e que se tenha uma cultura científica, já que a divulgação desta tem tudo a ver com cidadania.
O livro faz um breve percurso na história, desde o surgimento do JC, provavelmente com o advento da imprensa de tipos móveis de Gutenberg, na Europa, em meados do século XV. Isso possibilitou o surgimento do jornalismo científico na Inglaterra de Newton, no século XVII, considerado o período da chamada Revolução Científica. Uma revolução que implicava não somente desenvolvimento restritos do campo da ciência e da técnica, mas transformações mais amplas na filosofia, na religião e no pensamento social, moral e político.
Nessa época há uma circulação de cartas, redigidas em vários idiomas, expedidas por cientistas sobre suas ideias e novas descobertas para permitir a difusão de conhecimento. Os posteriores séculos XVIII e XIX foram inspirados nas conquistas de cientistas revolucionários como o astrônomo Galileu, René Descartes e Isaac Newton. Contudo a autora ressalta que se a Inglaterra foi o berço do pioneirismo do JC coube ao alemão Henry Oldenburg, que não brilhava como as mentes da sua geração, mas tinha o talento de inspirar e juntar a nova geração de homens da ciência, reconhecido pela Real Sociedade Britânica, que o nomeou como seu secretário. Como as cartas eram escritas de cientistas para cientistas de uma maneira informal, Olderburg com o seu talento empreendedor cria a profissão de jornalismo científico como novo gênero literário, para traduzir, imprimir e divulgar essas cartas ao público, posteriormente criando um periódico científico que serviu como modelo para os séculos seguintes.
Diferente da Europa e dos EUA que tiveram uma história em divulgação da ciência e do jornalismo científico, principalmente na efervescência do século XIX, o Brasil demorou muito tempo para a prática. Não somente na área científica, mas em todo o jornalismo, vivendo, até essa época em total obscuridade beletrista. A autora destaca o pioneirismo, aqui no Brasil, de Euclídes da Cunha, na obra “Os Sertões”, no JC, a cobertura na Guerra de Canudos para o jornal Estado de São Paulo, apesar dele mesmo não se apoderar da titulação. Contudo, considerado o pai do jornalismo científico, está José Reis, que contribuiu de modo significativo para o desenvolvimento dessa especificidade jornalista no país. Além deste, muitos outros cientistas, profissionais de comunicação estiveram envolvidos com entidades que tinham e têm como o objetivo a divulgação científica, o que possibilitou na década de 80 o crescimento na divulgação nos mais variados meios, como por exemplo, a edição Ciência Hoje, Superinteressante, Globo Ciência, etc.
            Há diferença significativa do modo de escrever dos cientistas e dos jornalistas. Enquanto o primeiro escreve para um público específico, especializado e restrito, o texto jornalístico é coloquial, simples e objetivo, a fim de alcançar o maior número de pessoas, servindo então como tradutor de um tema específico para que o leitor possa entender, colocando a ciência presente na vida cotidiana. Trabalho muitas vezes não muito fácil. O livro trás dicas de como o texto pode ser feito, como por exemplo, para ser melhor compreendido, o jornalista então, pode se permitir o uso de metalinguagem para aproximar o público leigo das informações científicas. A autora destaca que o casamento perfeito maior da ciência e do jornalismo se realiza quando o primeiro, que busca conhecer a realidade por meio do entendimento da natureza das coisas, encontra no segundo fiel tradutor, usando a informação científica para interpretar.     
            O próprio uso de princípios do método científico, muito se assemelha á prática do bom jornalismo investigativo, e não por acaso alguns cursos de jornalismo no país já começam a introduzir a iniciação científica como disciplina em seus currículos. Definir tema (assunto), elaborar hipóteses (pauta), coletar dados (entrevistas com fontes), testar as hipóteses (chegar às informações), priorizar os dados (hierarquia das informações), escrever o trabalho (a matéria) e publicar são procedimentos que se aplicam tanto à pesquisa científica quanto ao jornalismo, nas suas devidas proporções. A conclusão é que a informação científica permite ao jornalista visão mais sistêmica e contextualizada dos fatos noticiosos, ao contrario da visão fragmentada e descontinua que muitas vezes predomina no noticiário.
            No relacionamento com as fontes, no caso cientistas, a autora enxerga alguns problemas que devem ser superados, principalmente por jornalistas jovens. Por exemplo, o deslumbramento quando se depara com um PHD, ou por não está familiarizado com o tema estudado, acaba tendo medo de perguntar termos para não demonstrar ignorância no assunto e/ou acabar repetindo na integra o que o cientista declara. Há ainda uma falta de crítica, de confrontamento das fontes não encontrados em editorias que já estão corriqueiramente nas pautas como cultura e política. Às vezes esse confrontamento não é possível já que o tema C&T está, na maioria das vezes, vinculado ao governo, não existindo muitas vezes o “outro lado”.
Contudo, alguns temas existem inúmeras fontes alternativas de informação como ONGs. A autora ressalta que dirigentes de entidades de pesquisa, têm cargos públicos de confiança, e, portanto, sua opinião é condicionada ao posto que ocupa, momentaneamente, na posse de posição política. Outro desafio freqüente é a cobertura de congressos e simpósios, mas a formula para um bom texto é a mesma. Está por dentro do assunto, mas claro como provavelmente jornalista não habituado com determinados termos as entrevistas com os pesquisadores é fundamental para tirar todas as dúvidas. 
            A autora discute o mercado de trabalho que aos poucos vem crescendo no Brasil na área de C&T, mas constata que a maiorias dos textos publicados ainda é sobre trabalhos acadêmicos de outros países. E defende a ética universal do jornalismo, no sentido que os jornalistas têm uma responsabilidade igual ao médico e um advogado nas mãos, ou seja, erros podem custar muito caro.
Há um distanciamento de áreas específicas para a maior parte da população, principalmente a tecnologia espacial, mas constata-se que hoje já existe uma aceitação maior das pessoas no que diz respeito a o dinheiro público que é gasto para o incentivo.  O programa espacial brasileiro vem evoluindo com o passar dos anos, e apesar de, hoje, ter um maior destaque na mídia do que de outrora e ter uma maior facilidade em encontrar fontes, ainda não faz parte das pautas cotidianas dos jornalistas. E quando faz, há uma escassez de crítica, já que, como citado, a uma falta de preparado dos jornalistas que acabam sem saber como questionar determinadas informações, lembrando que, sobretudo na área espacial, que está ligada ao governo, o que implica uma série que questões burocráticas e econômicas de interesse público.
 Em conclusão, Fabíola de Oliveira diz que “O Conhecimento e a difusão sobre a ciência há muito deixou de ser privilégio de cientistas e pesquisadores, muitas vezes distanciados da realidade social, cabe ao jornalista traduzir para o público o texto científico.”