terça-feira, 5 de abril de 2011

Uma tarde agradável

Ficha Técnica:
Rachel McAdams,  Harrison Ford, Diane Keaton,  Patrick Wilson, Jeff Goldblum, Ty Burrell, John Pankow, Steve Park, entre outros.
Direção:
Roger Mitchell
Roteiro:
Aline Brosh McKenna


          Já fui com uma boa impressão da comédia “Uma Manhã Gloriosa” (Morning Glory, 2010). Não me  decepcionei, mas é uma história previsível, cheia de clichês. Para aqueles que odeiam assistir filmes onde o final já está implícito, não é recomendado, contudo vão perder a chance de dar algumas boas risadas com a atuação de Rachel McAdams no papel de Becky Fuller, uma produtora de televisão que, ao ser demitida de um programa de notícias, consegue uma vaga em uma emissora acreditada por todos do ramo jornalístico como quase falida. Ela (Becky), uma garota que apesar de muitos contras, desacreditada até por sua mãe em uma tentativa materna de proteção, acredita nos seus sonhos e embarca nesta nova aventura. Para levantar a audiência do programa desorganizado, terá que fazer mudanças significativas no modo como o novo programa é transmitido, tudo isso lidando com um elenco enlouquecedor. Típica de uma redação jornalística. 

         Entre seus grandes desafios está o de convencer o premiado jornalista Mike Pomeroy (o grande e veterano ator Harrison Ford) a apresentar matérias mais leves, divertidas, o que os jornalistas chamam de matérias frias, beirando a “futilidades”, bem longe da realidade do trabalho jornalístico de Pomeroy, tido como mais sério, sisudo, onde o entretenimento não tem vez. Outra atriz (de sucesso há muito tempo também) que dar o ar da graça e a fabulosa Diane Keaton, que vive o papel de uma ex-miss e apresentadora Colleen Peck que faz um par desarmoniozo com Pomeroy. Um dos grandes motivos das minhas risadas são as farpas trocadas pelos dois âncoras.

      
       
         O Filme é dirigido por Roger Michell e escrito pela mesma dupla de “O Diabo Veste Prada” (um filme que adorei). Ainda marca presença o ator Patrick Wilson cuja personagem  Adam Bennett, faz par amoroso e compreensivo (vão lembrar de alguns filmes quando assistirem) de Rachel MacAdams. O romance é deixando em terceiro plano.
          Saindo um pouco da linha de críticas de sites especializados em cinema, o filme trás uma discussão interessante no ramo da comunicação social. Informação versus entretenimento no telejornalismo mais especificamente. Os dois devem caminhar sempre juntos, mas equilibrados. O jornalismo Sisudo, duro, perde espaço para programas mais descontraídos. Até o tradicional, responsável por pautar grande parte dos jornais nacionais, o “Jornal Nacional” (intencionalmente ou não) para um bom observador está muito mais leve. Mestre Bonner e Fátima, o casal que realizam um trabalho de excelência no jornalismo brasileiro, interagem mais, comentam, riem, conversam mais. Eu gosto disso! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário